Warshipper fala sobre o Bangers Open Air e o futuro da banda
2:20 PMPor: Ingrid Natalie (instagram: @femalerocksquad)
O Warshipper tem se consolidado como um dos grandes nomes do metal extremo nacional, trazendo uma abordagem única e inovadora ao death metal. Com uma sonoridade que transita entre o peso brutal e passagens mais progressivas, a banda tem conquistado cada vez mais espaço dentro e fora do Brasil.
Nascida em 2011 em Sorocaba, São Paulo, Warshipper conta em sua formação atual com Rodolfo Nekathor (baixo), Renan Roveran (vocal e guitarra), Rafael Oliveira (guitarra) e Ney Paulino (bateria). Entre seus lançamentos, destacam-se o EP "Worshippers of Doom" (2014) e o álbum "Black Sun" (2018). Recentemente, lançaram o álbum "Essential Morphine".
Agora, prestes a se apresentar no Bangers Open Air, um dos festivais mais tradicionais do underground, o grupo se prepara para mais um momento marcante em sua trajetória. Conversamos com Renan Roveran, que nos contou sobre a expectativa para o festival, a evolução musical da banda e os próximos passos do Warshipper. Confira!
FRS: O Bangers Open Air tem uma tradição forte no metal underground. Como vocês receberam o convite para tocar no festival e qual a expectativa para o show?
Roveran: Salve Ingrid, Female Rock Squad e toda a galera que acompanha o portal. Legal demais dividir um pouquinho sobre o Warshipper com vocês.
A nossa participação foi costurada através de nossa assessoria, Som do Darma com a organização do festival. Já vínhamos trabalhando nisso desde a edição anterior e conseguimos a abertura necessária com a organização que nos convidou, após avaliar nosso trabalho e material. A expectativa está muito alta. Vai ser um dos grandes marcos em nossa carreira e tenho certeza que vamos deixar nossa marca na história e vida de quem estiver lá conosco.
FRS: Como vocês estão preparando o setlist para esse show? Teremos alguma surpresa para os fãs?
Roveran: Escolhemos as músicas mais impactantes ao vivo, para a apresentação ser visceral. Sobre surpresa, com certeza. Porém...é surpresa (risos)
FRS: Para quem ainda não assistiu a um show do Warshipper, o que podem esperar da apresentação no festival?
Roveran: Nossas apresentações, para qualquer que seja o público, é sempre realizada com muita entrega de todos. Muita energia e agressividade nas execuções. Podem contar com todo nosso sentimento de paixão pelo metal e fúria, sempre.
FRS: O álbum 'Essential Morphine' trouxe um conceito profundo e bem trabalhado. Como foi o processo de composição e produção desse trabalho?
Roveran: As músicas do “E.M.”, em sua maioria, foram concebidas durante a pandemia. Desta forma tivemos tempo para trabalhar nelas, uma vez que não havia a possibilidade de realizar apresentações ao vivo. Como nos demais álbuns, as composições partiram de mim e do Rodolfo, porém, como tivemos tempo para trabalhar muito em arranjos, houve bastante contribuição neste sentido por parte dos demais. Isso foi fundamental para enriquecer a musicalidade do álbum. Tivemos tempo para experimentar por caminhos diferentes durante a pré-produção, o que fez toda a diferença.
Já o processo de composição lírica foi bastante inspirado pelas diversas emoções potencializadas pelo contexto pandêmico a época. A música, o Metal, é nossa Morfina Essencial.
FRS: A banda já experimentou diferentes sonoridades dentro do death metal. Como vocês definiriam a identidade atual do Warshipper?
Roveran: Somos uma banda de Metal. Podemos variar de uma musicalidade extrema e mais direta, até algo mais complexo e com melodia, até músicas com requintes de progressivo. Não nos limitamos a um caminho ou rótulo. Gostamos do experimentalismo.
FRS: O metal brasileiro tem ganhado cada vez mais visibilidade no exterior. Como vocês enxergam a recepção da cena internacional para bandas daqui?
Roveran: Realmente possuímos nomes com grande força no metal internacional. Temos uma variedade muito grande de bandas em seus subgêneros do metal, e com enorme competência e qualidade. Além disso, nossas bandas tocam com muita paixão e sentimento. A galera de fora sente muito isso e gostam pra caramba. Precisamos, devemos, valorizar muito isso.
FRS: Como vocês veem a evolução do death metal nos últimos anos e onde o Warshipper se encaixa nesse cenário?
Roveran: Creio que o Death Metal e Black Metal construíram uma variedade muito interessante de vertentes e musicalidade. Acho isso rico e saudável. Muitas destas bandas que se destacam por trazer elementos e particularmente eu gosto muito disso. Fico contente quando reconhecem a variedade musical e originalidade de nossa sonoridade.
FRS: A banda já dividiu o palco com grandes nomes do metal. Tem alguma experiência marcante que vocês podem compartilhar?
Roveran: Realmente tivemos o privilégio de dividir palco com grandes nomes do nosso underground e do metal internacional também. Pudemos conhecer muitas bandas fantásticas em nossa última turnê na Europa. Tocamos várias vezes com os irmãos do Drowned, que é uma banda que gosto, admiro e respeito muito desde o começo dos anos 2000, e poder ser amigo dos caras é fantástico.
Tocar com Crypta no fim do ano passado foi uma experiência muito marcante. Ter dividido o palco com Warrel Dane (ex-Nevermore, ex-Sanctuary) foi um sonho, uma vez que sou muito fã deste artista. Participar do PortHell com Uganga, Social Chaos, Violator e outras bandas locais foi memorável.
É difícil, mas talvez uma das experiências mais marcantes da nossa historia foi fazer parte do cast do Setembro Negro de 2023, tocando ao lado de In the Woods, VoiVod, e muitas outras bandas.
FRS: Quais são os próximos passos da banda após o Bangers Open Air? Alguma turnê ou projeto especial em vista?
Roveran: Nosso foco será preparar as novas composições para entrar em estúdio ainda este ano, gravar nosso quinto álbum.
FRS: Se pudessem escolher qualquer banda para fazer uma turnê ao lado do Warshipper, qual seria e por quê?
Roveran: Krisiun. Por serem a mais importante banda de metal extremo do nosso país e porque são uma grande inspiração para mim.
Ouça "Essential Morphine" na íntegra:
O festival Bangers Open Air promete experiências inesquecíveis e muita adrenalina para os apaixonados por metal!
Além das atrações musicais, o evento oferece diversas vivências e interações para o público. Entre elas, estão a Bangers Expo Tattoo, o Metal Market, a área New Headbanger Kids com monitoria, espaços de descanso e muitas outras opções de entretenimento.
A edição de 2025 acontecerá nos dias 3 e 4 de maio, e contará com um Warm-Up, conhecido popularmente como esquenta, um evento exclusivo com ingressos limitados que será realizado no dia 2 de maio, antecipando a programação oficial do festival. Ambas as datas terão como palco o Memorial da América Latina.
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