The Offspring (Foto: Daveed Benito/ divulgação)

Após cerca de aproximadamente uma década de diferença entre o último álbum do The Offspring, Days Go By (2012) e o novo Let The Bad Times Roll, lançado pela Concord Records nesta sexta, 16, em formato físico e nas plataformas digitais. 

Texto: Alinne Gabriela 

Quebrando um jejum de 9 anos sem lançamentos, The Offspring está de volta! “Let The Bad Times Roll”, o décimo álbum da já veterana banda de punk rock da Califórnia, saiu ontem (16/04) e vem gerando opiniões turbulentas. 

Os tradicionalistas, como sempre, lamentam o caminho que a banda trilhou ao longo dos seus 37 anos de estrada, por se curvar a uma sonoridade mais pop no decorrer da discografia. Por outro lado, o álbum é capaz de agradar os ouvidos que estiveram abertos a isso. Com 12 faixas de sonoridade variada e letras abordando questões políticas e sociais americanas, “Let The Bad Times Roll”, produzido por Bob Rock, é cheio de surpresas. 

Músicas mais rápidas e agitadas, características dos californianos, marcam presença como na faixa de abertura “This Is Not Utopia”, em “Breaking These Bones” e nas excelentes “The Opioid Diaries” e “Hassan Chop”, ápices do disco. 

Os singles “Coming For You” (lançado em 2015), a comercial, chiclete e radiofônica faixa-título, e “We Never Have Sex Anymore” (interessante por seus naipes de metais), não deixam de chamar a atenção. 

Os bônus ficam por conta do punk cover da música incidental “In The Hall Of The Mountain King” e de uma bela versão intimista em piano e voz de “Gone Away”, clássico do Offspring que já estava sendo executada dessa forma em seus shows e tendo boa receptividade. 

Em uma visão panorâmica do disco, a banda misturou sim, novamente, o punk com pop, mas nada fora do normal se levarmos em consideração que o Offspring é um dos pioneiros do “pop punk” desde os anos 90 e que seus maiores hits estão estruturados no gênero. 

O longo período de gestação de “Let The Bad Times Roll” talvez apenas tenha feito esse não ser um álbum com músicas bem interligadas. O álbum pode apresentar seus altos e baixos, mas, de modo geral, mais acerta do que falha. Em quase quatro décadas de banda, é tolice pensar que lançariam algo sem que estivessem satisfeitos. 

Bem vindo de volta, The Offspring!