Banda Índole mostra a razão do hardcore ser a força do underground
9:00 AMBanda Índole - Foto: divulgação |
Quinteto do interior paulista promete transmitir positividade e sinceridade através do seu som autoral influenciado por punk e hardcore
Uma das grandes forças do underground brasileiro é o hardcore. Com suas guitarras rápidas e bateria rápida e pesada, o gênero musical vem revelando grandes talentos do rock'n'roll nacional e mantém firme a essência de reflexão e questionamento exterior e interior, tanto relacionado à política quanto à conflitos internos. Dentro desta eferverscência musical encontramos o quinteto do interior paulista, Índole.
A banda surgiu em meados de 2019 a partir de uma conversa entre os amigos Hector e Rafael Martins que trataram de encontrar mais pessoas que estariam engajadas em fazer o projeto acontecer. Por coincidência do destino, o baixista Luan e o guitarrista Rafael Silva tinham acabado de voltar de um festival de hardcore e extremamente empolgados em começar a própria banda. O resto é história. Atualmente, Índole conta em sua formação com Hector (vocal), Rafael Martins (guitarra), Rafael Silva (guitarra), Luan Ariano (baixo) e André Caravieri (bateria).
O quinteto já fez algumas versão músicas de nomes importantes do punk e hardcore, como Green Day, Offspring e Ratos de Porão. No entanto, agora estão se aventurando no autoral e querem, acima de tudo, transmitir uma mensagem positiva e sincera através da potência do hardcore. Veja nossa entrevista com a banda:
O quinteto já fez algumas versão músicas de nomes importantes do punk e hardcore, como Green Day, Offspring e Ratos de Porão. No entanto, agora estão se aventurando no autoral e querem, acima de tudo, transmitir uma mensagem positiva e sincera através da potência do hardcore. Veja nossa entrevista com a banda:
FRS: A banda é bem recente, datando de 2019. Como que vocês decidiram iniciar o projeto?
Índole: A banda iniciou-se de uma conversa rotineira do vocalista Hector com o guitarrista Rafael Martins, que estavam conversando sobre assuntos aleatórios envolvendo música. Hector disse que estava com vontade de formar uma banda de hardcore, tipo CPM22 (referência dele). Luan, Rafael Silva e Rafael Martins tinham acabado de voltar de um festival de hardcore com Pense, Bayside Kings e Bullet Bane, e todo aquele ambiente despertou a vontade de ter a nossa própria banda.
Então, quando Hector expôs a sua vontade, foi o empurrão que a gente precisou para fazer isso se tornar realidade. Nós nos reunimos e contatamos o baterista André, pois sabíamos que se identificava com o estilo e também daria conta da parte técnica para tocar os sons. Montamos um repertório inicial, que contava com: Cueio Limão, Pennywise, Street Bulldogs, Millencolin e CPM22.
Realizamos o primeiro ensaio despretensiosamente, como uma banda de amigos, mas logo percebemos que tínhamos potencial e vontade para “fazer acontecer” de uma forma mais séria. Então, começamos a nos aprimorar nos covers para nos entrosarmos melhor e, também, a trabalhar em musicais autorais.
FRS: Qual a origem do nome Índole?
Índole: Bom, passado toda essa fase inicial de uma banda, tínhamos que ter um nome, certo? Nos reunimos algumas vezes até chegar no nome final. Fizemos pesquisas para ver se esse nome já existia e achamos uma banda chamada Índole, da cidade de São Paulo, mas que havia encerrado as atividades em 2014.
Então, pensamos: por que não? Decidimos o nome e já fomos atrás da criação de uma identidade visual, contatamos Matheus Conti, um amigo da banda que é designer, para a criação do nosso logo. Escolhemos esse nome pois achamos que é um nome de impacto e com um significado muito pertinente por traz dele: “Qual é a sua Índole?”. A criação desse questionamento interior em potencial é a base do que a banda procura passar principalmente nas suas letras.
FRS: Vimos que a sonoridade da banda tem bastante influência de hardcore e punk. Quais são as bandas de maior referência para vocês?
Índole: Temos como principais referências atualmente bandas como: Pense, Dead Fish, CPM22, Millencolin, Descendents, e várias outras bandas do underground.
FRS: Hardcore sempre esteve relacionado a questionamento e rebeldia. Como vocês enxergam o papel do hardcore nos dias de hoje?
Índole: Creio que o papel do hardcore atualmente seja de questionamento exterior e interior, tanto relacionado à política ou à conflitos internos que estão presentes em todos nós. O nosso objetivo é fazer você pensar e sair da sua zona de conforto.
FRS: Para finalizar, o que a banda mais sonha alcançar com a música?
Índole: Buscamos uma visibilidade cada vez maior, tendo em mente que isso é um desafio dobrado para uma banda do interior do estado. A acessibilidade é menor e as oportunidades também. Mas, estamos trabalhando firme e com seriedade para fazer isso acontecer da melhor forma possível. Tocar em festivais da região, dividir palco com bandas que nos inspiram e conquistar o respaldo necessário do nosso público.
Veja Índole HC realizando uma versão para a música "Lightning Rod" do Offspring:
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