Texto: Ingrid Natalie (instagram: @femalerocksquad)

Deerhunter aproveitou a sua primeira vinda a terras tupiniquins, durante o festival Balaclava em novembro de 2018, para anunciar lançamento do oitavo  disco de inéditas intitulado "Why Hasn’t Everything Already Disappeared?", que chegou nesta sexta-feira, 18 de janeiro. A banda descreve o novo registro de estúdio como uma ficção-científica sobre o presente. Uma concreta resposta a toda falta de atenção com a humanidade, natureza e importância da música que ficou reduzida a números em playlists.

Gravado em diferentes pontos da América do Norte, o elaborado trabalho transita por influências que vão desde os inovadores acordes de “Death in Midsummer” até a experimentação em “No One’s Sleeping”. É notório que a banda deixa de lado qualquer chance de uma atmosfera nostálgica.


A libertação de qualquer referência a sonoridade passada fica muito evidente com o uso de  sons orgânicos e sintéticos dos teclados como observado nas faixas  "Greenpoint Gothic", "Futurism" e "Detournement". É como se os elementos água e ar se tornassem música. Não por acaso a ecologia foi o tema abordado em "Element". Uma das curiosidades sobre o álbum se refere as guitarras restantes que foram ligadas diretamente na mesa de mixagem, sem amplificadores.

Os sentimentos humanos são traduzidos em acordes belíssimos na música "What Happens To People". A sonoridade começa agitada e com teclado muito presente no refrão. "Tarnung" outro momento de reflexão com o uso de sons orgânicos, a presença do saxofone traz um ar levemente de jazz. "Plains" conta a história do lendário ator James Dean durante as gravações do filme "Giant" (1955) na cidade de Marfa, Texas.

Capa do álbum "Why Hasn't Everything Already Disappeared?" - Pré-venda álbum http://smarturl.it/deerhunter_whead