Laranja Oliva anuncia o lyric video do novo single e lançamento do segundo álbum
12:47 PMLaranja Oliva - Foto: Guilherme Brito |
Quinteto paulista traz várias inspirações da cultura africana, chinesa e indígena brasileira em novo single, "Wei-Ji". A faixa integra o segundo álbum de estúdio, "Carta da Terra", previsto para ser lançado dia 23 de fevereiro.
Por: Ingrid Natalie (instagram: @femalerocksquad)
A Laranja Oliva nasceu na cidade de Limeira, interior de São Paulo, depois que cinco meninos sonhadores encontraram-se para sonhar juntos. Foram seis anos tocando na noite interiorana, ainda sob outra alcunha, cultivando a boa terra que a cidade lhes reservava para o ano de 2011. Três anos mais tarde, já com nome definitivo e sonhos multiplicados, a banda lança seu primeiro trabalho, intitulado “Arroz, Feijão e Mistura”. Com esse trabalho, o grupo, formado por Sergio Moreira (voz), Guilherme Escafandro (guitarra), Thiago Val (teclado e voz), Bruno Bertoni (baixo) e Victor Bertoni (bateria), alcançou ares internacionais com o projeto “Bolívia Tour 2014”. Participaram, também, de festivais como a Virada Cultural Paulista, abrindo o palco principal para Bixiga 70 e Marcelo D2, IV Festival de Música Alternativa Independiente de Santa Cruz de La Sierra e La Paz, Grito Rock, Festival R.U.A, entre outros. Com músicas autorais inspiradíssimas e versões de grandes influências de sua história, o som dançante e coeso da Laranja Oliva vem conquistando, passo a passo, seu espaço no cenário nacional independente. Agora, em 2018, preparam-se para a estreia de "Carta da Terra". O segundo disco de Laranja Oliva, ambientalmente sustentável, aborda a importância da harmonia com o meio ambiente e estará disponível, em todas as plataformas digitais, a partir do dia 23 de fevereiro.
Recentemente, o quinteto divulgou o lyric video para a inédita “Wei-Ji”. A faixa foi produzida por Hugo Silva e inspira-se na sonoridade que vem da cultura africana, chinesa e indígena brasileira. Para a banda, este single é uma reafirmação da inconstância humana e, ao mesmo tempo, uma incorporação consciente de paz. A letra conta a história de uma pessoa que vive na atualidade e busca livrar-se do sofrimento. Outra curiosidade interessante é que a faixa conta com a participação de um coral de 500 crianças, de 5 à 12 anos de idade, da escola municipal Aracy Nogueira Guimarães, localizada no bairro de Lagoa Nova, na periferia de Limeira, interior paulista.
Leia nossa entrevista com a banda que nos contou sobre o início da carreira, novo álbum e planos futuros:
Leia nossa entrevista com a banda que nos contou sobre o início da carreira, novo álbum e planos futuros:
FRS: Para quem está conhecendo o trabalho da banda pela primeira vez, como aconteceu o início do projeto?
Começamos no final de 2016 e passamos o ano todo de 2017 construindo o Carta da Terra. Revendo conceitos, nos reinventando, nos conhecendo e procurando a melhor forma de atuar perante os paradoxos que vivemos. No final de 2016 decidimos ter um QG, a Casa Laranja. Lá é nosso escritório, casa, estúdio. E foi onde nos encontramos frequentemente para juntar ideias, produzir e concretizar o Carta da Terra.
FRS: A banda está praticamente em família. Qual o sentimento de trabalhar entre irmãos e primos?
Formamos essa família há dez anos. A definição de família é ampla, a gente convive desde a infância, somos em primos e irmãos, mas a família “Laranja Oliva” aumentou e hoje temos conosco gente que fez transcender o parentesco sanguíneo. O sentimento é realmente de viver em família com todos os intemperes e delícias que se tem direito.
FRS: Qual a origem do nome Laranja Oliva?
Sinestesia. A gente queria criar algo novo, que causasse curiosidade. Misturasse sensações, sabores, cores... além de fazer referência a Limeira, cidade que a banda nasceu e onde nos conhecemos, vivemos e lutamos para cena rolar.
FRS: Como funciona o processo de composição para vocês?
É variado. O arranjo fazemos juntos, assim como a dinâmica, ordem, estética em geral, mas a letra e a melodia normalmente são trazidas pelo Val, pelo Gui, ou pelo Jú. No Carta da Terra ousamos mais, algumas músicas compusemos toda em conjunto.
FRS: Está bem próximo do lançamento do disco "Carta da Terra", o segundo de inéditas. Como foi o processo de gravação do novo álbum e quais foram as principais influências?
Foi uma experiência incrível. A pré-produção começou no final de 2016, fizemos toda na Casa Laranja em Limeira. A gravação em si começou em julho de 2017, no Family Mob, em São Paulo. O rock’n roll chegou com tudo, mas musicalmente a gente passeou por mais ritmos do que no último disco (Arroz feijão e mistura, 2014), fomos do maracatu ao funk carioca, do rap ao pop. Tudo isso alinhado minuciosamente numa linguagem bem original pelo nosso produtor e amigo Hugo Silva. Ficamos encantados pelo Mob e pelas pessoas que trabalhavam lá. Hugo Silva, quem produziu o disco, conquistou a banda e entrou em nossas vidas, ganhamos mais um irmão para a família.
Entramos em estúdio ainda com algumas músicas sem desfecho, algumas músicas sem atmosfera definida, foram 15 dias de imersão total para achar as peças que faltavam para o Carta ficar do jeito que ficou.
As referências foram diversas. Em Treze, uma das faixas do disco fizemos até uma citação explicita de B negão. A sonoridade e a temática das letras do último disco da Elza Soares (A mulher do fim do mundo) com certeza nos deram direções interessantes para esse disco. Mas tudo que consumimos acaba se tornando parte da criação, as percussões da Daniela Mercury que ouvimos nas manhãs de sábado, Baiana System, Kendrick Lamar, Caetano Veloso, Snarky puppy, os nossos irmãos e participantes do disco Diretriz, tudo isso foi de extrema importância para o “Carta da terra” nascer.
FRS: Quais são as particularidades da faixa "WEI-JI" que a levaram a ser escolhida como single?
WEI-JI é o segundo single que lançamos, ela é o contraponto do primeiro “Plástico”. Ela é a paz que balanceia com o caos de Plástico.
A sonoridade de Wei-Ji vem da cultura africana, chinesa e indígena brasileira. É uma reafirmação da inconstância humana e, ao mesmo tempo, uma incorporação consciente de paz. Wei ji significa, basicamente, oportunidade/crise. Entendemos, então, que existem oportunidades em meio à crise e essa relação, entre os dois termos em um único símbolo na cultura oriental, faz a gente repensar alguns conceitos petrificados na nossa.
A letra, sobre uma pessoa que vive na atualidade e busca livrar-se do sofrimento, alerta que “não existe caminho para a paz, a paz é o caminho”. “A gente se inspirou nessa citação de Gandhi para compor o refrão da música. Acreditamos muito que essa seja a solução para todas as inquietudes que compõem o dia a dia de quem se construiu na “Era da Informação”. Entre tantos extremos, enxergamos a paz interior como chave para todas as questões que corpo e mente estão predispostos a ter.
Para o lyric video de "Wei-ji", a banda seguiu identidade visual do novo álbum, retratando a Pacha Mama, materialização da Mãe Terra, através do lixo, suplicando ajuda. Assista:
FRS: Uma curiosidade interessante é que a música tem a participação de um coral de 500 crianças, de 5 à 12 anos de idade, da escola municipal Aracy Nogueira Guimarães, localizada no bairro de Lagoa Nova, na periferia de Limeira. O que significa para vocês terem proporcionado essa oportunidade a alunos de escola pública elevarem a sua voz?
Elas que proporcionaram essa oportunidade para a gente. Há dois anos damos oficinas e aulas de música para essa escola, além de sermos encarregados pela fanfarra do feriado de 7 de setembro. Grava-los foi demais! No dia da gravação Hugo veio até Limeira levamos os equipamentos e gravamos no refeitório da escola. As crianças já ouviram a música e adoraram. O trecho da música que elas cantam virou meio que o “hino” da escola entre elas. Cantam nas excursões, recreios...
FRS: “Arroz, Feijão e Mistura” ou "Carta da Terra". Na opinião de vocês, qual dos dois álbuns foi mais desafiador?
Carta da Terra. Criamos o conceito do disco, pensamos na sonoridade com minúcia, gravamos em um estúdio de ponta, profissionais excelentes, demos nosso máximo. No arroz feijão mistura, tudo era um grande teste era nosso primeiro trabalho em estúdio. Desafiador também, claro, mas em outra proporção.
FRS: Em quais aspectos a banda mais mudou desde o início até agora?
Somos seres mutáveis. E como grupo também. Espero que tenhamos mudado em todos os aspectos. Pedra que não rola, cria limbo.
FRS: Para finalizar, quais serão os próximos passos da banda?
Estamos criando o novo show, planejando turnê e preparando para entregar as recompensas de quem ajudou esse disco nascer pelo Catarse. Antes do show de lançamento em Limeira, estamos programando também um pré-lançamento no Family Mob. Acompanhem nossas redes sociais que muita coisa legal está por vir.
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