Doris Encrenqueira aposta em rock'n'roll no seu formato mais puro
2:23 PMDoris Encrenqueira - Foto: divulgação |
Disco de estreia está repleto de riffs e solos naturais, unidos a uma cozinha (baixo e bateria) pesada
Por: Ingrid Natalie (twitter: @ingridnatalie)
A banda gaúcha Doris Encrenqueira é daquelas que chega metendo o pé na porta com um rock'n'roll sem frescura, letras diretas e riffs pesados. O quarteto, formado em 2014, conta com os músicos Eduardo 'Hollywood' Cabreira (baixo), Eduardo Schuler (bateria), Henrique Cabreira (guitarra) e Pedro Lipatin (voz e guitarra). Em julho, eles lançaram o disco de estreia homônimo através do Selo 180. A produção ficou nas mãos da banda em parceria com Sebastian Carsin e Fabio Jardim. O álbum traz 10 músicas inéditas totalmente envolvidas pelo poderoso som do baixo e bateria marcante. Alguns destaques são "Cai Fora", "Nome Na Lista", "Cidade Zumbi" e o primeiro single "Fazer O Que". Conversamos com a banda que nos contou sobre o início, processo de gravação do disco e planos futuros. Veja:
FRS: Inicialmente, queremos saber sobre os primórdios da banda. Como vocês se conheceram e decidiram começar o projeto?
DE: A história de como nos conhecemos é muito complexa, foram muitas voltas que a vida deu e nos pôs frente a frente. Houveram muitas pessoas envolvidas nesse encontro, entre elas Fabio Jardim, Gabriel Boizinho e Bruno Koehn. Por alguns meses, as faíscas da banda já estavam saindo mesmo antes de nos unirmos.
FRS: Qual a origem do nome da banda?
DE: Acredito que Doris Encrenqueira é um pouco mais do que 'o nome da banda'. É uma personagem que simboliza muita coisa. Desde a irreverência e rebeldia adolescente, até a força e o poder feminina. É uma personagem sem cor, idade, altura, peso e estereótipo definido. Ao longo da nossa jornada, muitas Doris vão surgir.
FRS: A sonoridade da banda é clara, o bom e velho rock'n'roll. Quais são as principais influências para vocês?
DE: Nossas referências são diversas. Gostamos muito dos anos 70, Led Zeppelin, Aerosmith... e principalmente dos 90, como Stone Temple Pilots, Green Day, Foo Fighters...
FRS: Nos contem mais sobre a produção do álbum de estreia. Como foi o processo de composição?
DE: O processo de criação era como um trem de carga a mil por hora. Manhãs, tardes e madrugadas jogando música pra cá e pra lá, guardando algumas coisas. Aconteceu tudo muito rápido desde que começamos a tocar juntos, e esse disco é o reflexo disso. Escrevemos um disco rápido, pesado, com raiva, com amor. Uma fotografia da fase em que estávamos.
A gravação também foi um processo rápido, pois optamos por nos ‘internarmos’ em estúdio por alguns dias para gravar o álbum. Como já havíamos gravado algumas demos, a gravação “valendo” foi rápida, considerando que nos dias de gravação houveram algumas etapas de composição e arranjo ‘de última hora’. Músicas como “Fazer O Quê?” e “Marra é Doença” são produto da nossa ‘internação’ (risos).
O que levou mais tempo foi a mixagem, masterização e o processo de lançamento. A partir daí já estávamos começando novas composições e “deixando rolar”, pois tínhamos um disco no forno. E agora nasceu este primeiro filho, e estamos vivendo essas músicas e remando forte contra a maré.
FRS: Qual faixa do disco mais representa o espírito da banda?
Capa do disco 'Doris Encrenqueira' |
DE: Acho que aqueles singles, lançados antes do álbum inteiro, são as músicas com as quais mais nos identificamos, e as que tem a mensagem mais entranhada nas nossas personalidades. "Acabe Bem" e "Fazer O Quê" são as faixas principais nesse aspecto.
FRS: Como foi a gravação do clipe da faixa “Fazer o Quê (Eu Gosto)” ?
DE: Foram dois dias muito divertidos. Ter a oportunidade de gravar com um profissional da qualidade do Fabrício Almeida não tem preço. E fazer isso podendo convidar todos os nossos amigos pra participar das filmagens e protagonizar o clipe foi o que nos deixou mais feliz.
Assista ao vídeo:
FRS: O álbum foi lançado através do Selo180, que se destaca pelo trabalho com novos artistas e relançamentos em vinil. Quão importante foi a ação da gravadora?
DE: Foi 101% importante. O trabalho do Garras, o dono do Selo 180, é sensacional. Fez com que o nosso trabalho fosse lançado com um reconhecimento e uma credibilidade que talvez não tivéssemos se fosse tudo de forma independente. Sem contar na comodidade que é ter alguém de SUPER confiança cuidando de coisas importantes pra nossa carreira.
FRS: Finalmente, quais serão os próximos passos da banda?
DE: Atualmente temos um final de ano recheado com shows, enquanto isso, trabalharemos em casa as nossas novas composições, e faremos planos para 2018, com foco no cenário nacional. Em breve vocês vão ficar sabendo de mais umas surpresas que vêm chegando aí!
Confira o disco completo pelo Spotify:
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