Após 3 anos de espera, Foster The People abusa da experimentação em novo disco
2:14 PM
Foster The People combina pop, eletrônico, hip hop e rock em "Sacred Hearts Club"
Texto: Ingrid Natalie (twitter: @ingridnatalie)
Foster The People lançou na última sexta-feira, 21/07, seu terceiro álbum de estúdio intitulado "Sacred Hearts Club" pelo selo Columbia Records. O novo registro é sucessor de "Supermodel" (2014) e marca uma nova fase para banda que de trio se tornou um quarteto. O baterista Mark Pontius comentou em uma entrevista que eles estavam bastante empolgados em ir ao estúdio e que trabalharam neste disco em torno de dois anos. Agora, eles querem excursionar pelo mundo, tocar música ao vivo para as pessoas e sentir a energia dos fãs.
"Pay The Man" é a primeira faixa e já mostra que a banda estava disposta a experimentação. Traz muitos elementos de hip hop com uma letra profunda abordando a solidão e confusão mental do protagonista da história, mas ao mesmo tempo o acalento da segunda personagem que oferece ajuda e conforto. Essa é a mesma linha sonora de "Doing It For The Money", porém com uma mensagem mais otimista. "Sit Next To Me" relembra a sonoridade de "Torches" (2011), com um toque suave e bem chiclete.
"S.H.C" é a "Are You What You Want To Be" do disco, bem dançante, com uma guitarra mais acelerada e letra bastante reflexiva, marca registrada da banda. Em "I Love My Friends" se destacam o baixo e a guitarra. A instrumental "Orange Dream" carrega uma linha de baixo apaixonante combinando perfeitamente com o sintetizador. Apostamos que tenha sido meticulosamente planejada como ponte nos shows. "Static Space Lover" conta com a participação da atriz Jena Malone e poderia muito bem ser encaixada em trilha sonora de algum filme dos anos 80, agradável, animada e memorável. "Lotus Eater" tem uma introdução que lembra bastante "Close To Me" do The Cure, mas poderia ser classificada como um cruzamento entre "Don't Stop" e "Best Friends". É uma das mais agitadas do disco e deve funcionar incrivelmente bem ao ao vivo. Ouça:
Se aproximando do final do álbum temos as músicas "Harden The Paint", com uma roupagem bem moderna trabalhando samples eletrônicos de um jeito bem radiofônico, e "III", uma balada super tranquila.
Em última análise, a beleza do "Sacred Hearts Club" é que soa como um álbum Foster the People sem o resgate desnecessário do som que os tornou famosos. Transita de forma impecável entre o pop alternativo e o eletrônico e até, para punk rock. Com músicas como "Lotus Eater" e "Static Space Lover", este álbum é muito diversificado, o que é bom. O disco é uma ótima experiência de audição, e esperamos que eles continuem nesse sentido no futuro.
Sobre o novo registro Mark Foster publicou no instagram, "É um sentimento louco lançar algo que tem morado dentro dos corredores seguros do meu coração pelos últimos anos. É como soltar um pássaro que finalmente ganhou seu direito de voar. Eu acho que é importante vocês saberem que fizemos esse disco com alegria e liberdade musical. Sempre que pensamentos de expectativas passadas, pressão para se apresentar, ou sucesso comercial surgiam no processo criativo, nós tentamos o nosso melhor para deixar de eles trancados do lado de fora.
Vivemos em um tempo de mudanças agora. Racismo, machismo, classismo, homofobia e perseguição religiosa são mais latentes do que nunca. Este álbum foi feito em luta contra essas ideias cancerígenas. Felizmente, ele te fará sentir o mesmo que nós sentimos quando estávamos trabalhando nele - que a vida é bonita. E que o amor sempre será maior do que a política."
Sobre o novo registro Mark Foster publicou no instagram, "É um sentimento louco lançar algo que tem morado dentro dos corredores seguros do meu coração pelos últimos anos. É como soltar um pássaro que finalmente ganhou seu direito de voar. Eu acho que é importante vocês saberem que fizemos esse disco com alegria e liberdade musical. Sempre que pensamentos de expectativas passadas, pressão para se apresentar, ou sucesso comercial surgiam no processo criativo, nós tentamos o nosso melhor para deixar de eles trancados do lado de fora.
Nós vivemos em um tempo de mudanças. Racismo, machismo, classismo, homofobia e perseguição religiosa são mais latentes do que antes. Este álbum foi feito em luta contra essas ideias cancerígenas. Felizmente, ele te fará sentir o mesmo que nós sentimos quando estávamos trabalhando nele - que a vida é bonita. E que o amor sempre será maior do que a política."
2 comentários
Parabéns pela resenha,amiga.Ficou mto boa! Os rapazes ficariam felizes em ler rs.
ReplyDeleteMuito bom! Palavras muito bem aplicadas num contexto da dimensão de SHC. Abraços
ReplyDeleteNão esqueça de deixar seu comentário! Ele é muito importante para nós!