Alohatomic: camisas floridas e misturas de surf music, stoner rock até hardcore
3:06 PMGuilherme Guedes: "Montamos a banda para nos divertir, sem pretensão de lançar discos nem nada. Mas acabamos gostando muito do resultado e decidimos apostar no projeto." |
Para quem busca uma sonoridade mais pesada, que caminha entre vários estilos desde hardcore, metal, surf music até a viagem do stoner rock recomendamos ouvir a banda Alohatomic. Os primeiros passos do quarteto começaram em Brasília quando Samyr Aissami (voz / guitarra) e Guilherme Guedes (bateria) formaram a banda Lafusa, quando mudaram para São Paulo em 2011 juntamente com Marcelo Peres (guitarra) eles sentiram a vontade de produzir uma sonoridade mais pesada e ao encontrarem Raphael Borghi (baixo) deram início ao projeto Alohatomic.
Mesmo com pouco tempo de banda, eles gravaram em julho deste ano o primeiro EP intitulado "Aloha From The Crypt" disponível para download e audição no SoundCloud e já lançaram o clipe da música "Shake Your Money Maker". A banda mesmo afirma que para os fãs de riffs pesados, vocais rasgados e que ainda por cima curtem uma praia este EP vai fazer o verão ser certamente diferente e mais animado. Destacamos as faixas "The Curse Of The Evil Surfer" instrumental com batidas fortes e guitarras com pegada surf music e "Lobotomize Me" que no início lembra trilha de velho-oeste e após os acordes do baixo te pegam totalmente de surpresa com o peso da guitarra e as batidas rápidas da bateria.
Quem explica mais sobre o início da banda, a gravação do EP e planos futuros é o próprio baterista Guilherme Guedes, que nos atendeu muito atenciosamente. Confiram!
FRS: Você comentou em seu facebook que o projeto nasceu de forma despretensiosa, como tudo começou e da onde veio o nome Alohatomic?
Guilherme: Eu, Samyr (vocal/guitarra) e o Ganso (Marcelo Peres, guitarra) somos de Brasília, e mudamos para São Paulo no começo do ano passado. Eu e Samyr fazíamos parte de uma outra banda chamada Lafusa, que tinha uma pegada mais pop rock e MPB, e sentíamos falta de fazer um som mais pesado. Aí conhecemos o Borghi (baixo), que é daqui mesmo, e montamos a banda para nos divertir, sem pretensão de lançar discos nem nada. Mas acabamos gostando muito do resultado e decidimos apostar no projeto. O nome surgiu de última hora, porque iríamos fazer o nosso primeiro show e ainda não tínhamos decidido nada. A gente uniu "aloha" com "atomic" e curtimos a sonoridade das duas juntas.
FRS: Quais são as principais influências da banda?
Guilherme: Nosso som é uma mistura de hardcore, surf music e stoner rock, com um pouco de blues, punk e até de metal. Somos fãs de várias bandas de todos esses estilos, e tentamos fazer uma mistura interessante de tudo isso.
FRS: Quais são suas principais inspirações como baterista?
Guilherme: Sempre gostei mais de bateristas com a mão pesada, e no Alohatomic tento extrair o máximo do meu lado roqueiro. Pensando no som da banda, tenho escutado muito o John Bonham, do Led Zeppelin, os trabalhos do Dave Grohl na bateria - especialmente o Them Crooked Vultures - e as levadas do Iggor Cavalera tanto no Sepultura e como no Cavalera Conspiracy. Também tenho escutado muito Soundgarden, Deftones e Thriven, uma banda muito boa de Campinas que conheci este ano.
Ilustração da capa do EP feita por Gustavo Hildebrand |
Guilherme: Nosso processo de composição foi surpreendentemente rápido. Até tentamos fazer alguns covers, mas sempre tivemos mais tesão em criar as nossas músicas próprias. Em 3 meses de ensaios irregulares tínhamos as cinco músicas do EP prontas e arranjadas, e gravamos ao vivo, durante uma sessão de 3 horas em um estúdio aqui em São Paulo. O EP saiu há pouco tempo, mas já temos outras 6 músicas engatilhadas para o segundo EP, que deve sair em janeiro de 2013.
FRS: Vocês já disponibilizaram o EP para download, na sua opinião como a internet tem mudado a indústria fonográfica e para as bandas como é depender cada vez menos de gravadoras?
Guilherme: A internet mudou tudo. Alguns artistas mais conhecidos ainda conseguem viver dos velhos formatos, mas até eles tiveram que se adaptar. É muito mais fácil olhar para frente e tentar achar um modelo que se aplique bem à gente do que ficar buscando o retrocesso, querer que tudo volte a ser como antes. Pessoalmente, sou apaixonado pela quantidade de música que encontro na internet, e só não consumo conteúdo exclusivamente legal porque a pirataria ainda supera a mentalidade atrasada das grandes gravadoras, que insistem em limitar o acesso aos catálogos, ou oferecê-los em qualidade inferior do que encontramos ilegalmente.
O mercado digital está melhorando visivelmente, especialmente no Brasil, mas ainda é preciso muito mais. Como uma banda nova, que está tentando ganhar espaço, acreditamos nesse modelo de download e streaming gratuito, e a recepção das pessoas tem sido excepcional. Também prensamos de forma caseira algumas cópias do EP em CD para distribuirmos nos shows, e incentivamos as pessoas que gostaram da banda a fazer o mesmo, se quiserem.
FRS: Sobre o clipe de "Shake Your Money Maker", ele foi gravado em formato de video doc, porque decidiram fazer desta forma?
Guilherme: Todos nós temos algum tipo de ligação com o cinema, com o audiovisual - o Borghi vive disso, é diretor de cinema e especialista em efeitos especiais - e decidimos registrar a gravação só para termos algo com o que trabalhar no futuro. Um amigo nosso, o Aloízio Michael, pegou as imagens, editou por conta própria e ficou ótimo. A ideia inicial era ser apenas um teaser do EP, mas ficou tão legal que adotamos como o nosso primeiro clipe oficial.
FRS: Quais são os principais objetivos de vocês para 2013, podemos esperar por alguns shows?
Guilherme: Sem dúvida. Nosso foco agora é gravar o segundo EP, e vamos divulgá-lo exaustivamente em 2013, tanto na internet como em shows. Temos outros planos muito ambiciosos, especialmente em relação a novos clipes e trilhas sonoras, mas vamos revelar tudo isso no momento certo.
Confira abaixo o vídeo de "Shake Your Money Maker":
Para download completo das músicas e capa do EP:
Aonde encontrar a banda:
1 comentários
Puta banda manêra!
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